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domingo, 6 de abril de 2014

Scorpion Child - Álbum de Estreia

Este post vai resenhar o álbum de estreia do Scorpion Child, uma banda norte-americana de hard rock  que apareceu no meu radar acompanhando o canal da Nuclear Blast no YouTube. É uma banda que faz parte de uma nova leva de artistas fortemente influenciados pelos gigantes dos anos 70 - uma turma que está pegando as influências das consagradas bandas da década de ouro e ajudando a renovar o rock!

O Scorpion Child é uma banda originária de Texas, EUA, e foi formada em 2006. Levou sete anos compondo e moldando seu som na base de muitas apresentações em sua terra natal, a cidade de Austin, e uma apresentação no festival local SXSW, em 2012, ajudou a divulgar sua performance e sua música mundo afora. No comecinho do ano passado, a Nuclear Blast contratou a banda e agendou o lançamento do primeiro álbum da banda para o mês de junho. A formação que gravou este álbum foi a seguinte:
Aryn Jonathan Black - vocais;
Christopher Jay Cowart - guitarra;
Tom Frank - guitarra;
Shaun Avants - baixo;
Shawn Alvear - bateria.

Foto promocional da banda, tirada da página no Facebook
Para a produção deste álbum, recrutaram Chris Smith, o mesmo que produziu o disco "Revival", do The Answer (não conhece essa banda? Já falamos sobre ela neste post). O resultado foi um álbum que traz uma salada de influências dos anos dourados. Parece que o Slade se juntou com o Led Zeppelin, com pitadas de Ten Years AfterBlack Sabbath, David Bowie e T.Rex pra todos os lados. E o vocalista Aryn tem um timbre de voz que me lembra muito o vocalista Noddy Holder do Slade, e um pouco também Robert Plant, claro. Logo na abertura essas influências me parecem claras, com "Kings Highway". Já em "Polygon Of Eyes", o riff de abertura é caprichado, o ritmo é acelerado, e as pitadas de Sabbath se revelam intensas. Em "The Secret Spot", a influência Zeppeliana é fortíssima e as pitadas de Sabbath continuam fortes também. "Salvation Slave" é outra forte canção, belo trabalho das guitarras e um contraponto quase silencioso, lembrando as viagens musicais de idos tempos. Uma de minhas preferidas. "Liquor" tem aquela vibração de rock de arena, batida forte e ritmada pra todo mundo sair pulando, outro bom destaque do álbum.

"Antioch" dá um descanso do hard rock vigoroso visto até agora com um lindo dedilhado, uma balada que parece sair direto do terceiro disco do Led Zeppelin. "In The Arms Of Ecstasy" talvez seja a mais moderninha, com uma sonoridade mais anos 90. "Paradigm" acelera pra valer novamente,  numa pegada hard rock de primeira, me lembrando o Guns 'N' Roses no auge da carreira. O disco se encerra com "Red Blood (The River Flows)", outra viagem musical intensa alternando calmos momentos com trechos mais pesados, no melhor estilo luz e sombra que o Zeppelin e o Sabbath tanto usaram. Bom, tem ainda a faixa bônus, "Keep Goin'", cover da banda Lucifer's Friend, uma influência não tão óbvia que a banda demonstra. No final, a sensação que fica é que foi uma estreia excelente: um álbum coeso, forte, de belas composições que tem tudo para empolgar os fãs de hard rock e classic rock. Em fevereiro deste ano, a banda dispensou o guitarrista Tom Frank e o baterista Shawn Alvear. Apenas arranjaram um substituto para a bateria: Jon Rice, ex-Job For A Cowboy. Eles seguem firme e forte em turnê pela Europa, promovendo este grande álbum. Quem sabe algum produtor iluminado resolva escalar estes texanos para algum festival...

Relação das músicas:
1 - "Kings Highway"
2 - "Polygon Of Eyes"
3 - "The Secret Spot"
4 - "Salvation Slave"
5 - "Liquor"
6 - "Antioch"
7 - "In The Arms Of Ecstasy"
8 - "Paradigm"
9 - "Red Blood (The River Flows)"
10 - "Keep Goin'" (faixa bônus - cover do Lucifer's Friend)

Alguns vídeos:
"Kings Highway":


"Polygon Of Eyes":

"Liquor":


Um grande abraço rock and roll e até a próxima resenha!!

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