Chegamos à letra D. Tanta coisa importante na letra d... Deep Purple, Dead Kennedys, Death, Dire Straits. Mas esta semana teremos show (finalmente um show decente no Rio!!) de uma importante banda formada no começo dos anos 90, então vamos aproveitar este post para falar sobre os meus discos deles. Estamos falando do Dream Theater, banda americana de heavy metal progressivo que vem crescendo em popularidade (que bom!) recentemente, mas eu já os conheço há algum tempo.
Apesar de ter lançado seu primeiro disco no final dos anos 80 (1989 - "When Dream And Day Unite"), eu só fui conhecê-los em 1995, quando o amigo Walber começou a falar sobre uma banda que tinha um baterista tão bom quanto Neil Peart. Entre outros boatos, este foi decisivo para eu correr atrás de seus discos. Comecei pelo "A Change Of Seasons", e já pelas covers escohidas, percebi que se tratava pelo menos de uma banda muito bem influenciada (Zeppelin, Purple, Queen, Kansas, Floyd, etc). Mas o destaque do disco era uma faixa de 23 minutos. A faixa-título tem tantas mudanças de tempo, tantas nuances, que cativa quem a escuta. Foi a deixa para me instigar a conhecer mais a fundo o trabalho da banda.
Aproveitei uma feira de venda de CDs no Riocentro (alguém lembra disso? aconteceu dois anos seguidos e depois nunca mais...) para adquirir os dois clássicos "Images And Words" e "Awake". Inicialmente preferi o segundo, mais pesado e direto. Mas, com o tempo, o primeiro se tornou um grande clássico da minha coleção, com peso, melodia, grande qualidade musical e composições excelentes.
Muita gente não gosta do "Falling Into Infinity", mas ele tem músicas excelentes, incluindo as baladas. A minha preferida é a Metallica-like "Peruvian Skies" (tanto que ao vivo eles encaixam riffs do Metallica - "Enter Sandman" e "Wherever I May Roam"). "Anna Lee" também é uma das minhas preferidas, e acabei gostando mais desta música pelo CD de natal de 1998. Aliás, este cd tem versões cover muito interessantes, destaque para "Bad", do U2, e "Goodbye Yellow Brick Road", do Elton John.
A esta altura, eu tinha perdido um show do Dream Theater no Imperator, no final de 97. Não pude perder o show do Monsters of Rock de 98, que contou com um elenco de bandas impressionante (Slayer, Megadeth, Saxon, Savatage, Glenn Hughes, Korzus, Dorsal Atlântica). O show deles foi parecido com o disco ao vivo "Once In A Livetime", só que bem mais reduzido. Foi um belo show, mas ficou um gostinho de quero mais... Vendo o show também ficou claro que o tecladista não estava no mesmo tom que o resto da banda. Batata: ele saiu e foi substituído por Jordan Rudess, que já tocava com os caras, mas em um projeto paralelo de música instrumental excelente chamado Liquid Tension Experiment. O cara encaixou redondo na banda e está até hoje. E entrou para gravar o melhor disco do Dream Theater...
"Scenes From A Memory" foi concebido inicialmente para ser uma continuação de "Metropolis" (faixa do disco "Images And Words"), mas acabou sendo muito mais. Um álbum conceitual excelente, que você escuta com prazer do início ao fim e acabou gerando uma grande turnê, disco ao vivo e o primeiro dvd da banda. Uma pena que esta turnê não passou aqui no Brasil, pois eles tocaram o disco todo na turnê. Só fomos ter este privilégio (na verdade, só os paulistas tiveram este privilégio...) no final de 2005. Enfim, este disco transformou o Dream Theater, dentro de minha humilde opinião, em uma grandiosa banda.
Os discos seguintes foram confirmando a grandiosidade, em especial o "Train Of Thought". Neste disco, a banda flerta com um som bem mais pesado, claramente influenciado por Metallica - a primeira faixa, "As I Am", é um exemplo claro disso - mas mantendo a qualidade sonora e diversas características que sempre definiram o som deles. Este é outro disco que gosto muito do Dream Theater. O DVD "Live At Budokan" foi gravado nesta turnê e retrata um excelente show. Vendo estes shows e discos lançados, a expectativa por um show deles foi só aumentando...
A banda ainda lança mais um disco, "Octavarium" (ao ser lançado, fiquei um pouco desapontado, mas depois, ouvindo com mais calma, acabei gostando mais deste disco; claramente, é inferior ao excelente disco anterior. "Panic Attack" é o meu destaque para este disco), antes de anunciar uma turnê sulamericana. Felizmente, nesta turnê a banda nos presenteou com um grandioso show, de mais de 3 horas de duração, abrangendo sucessos e novas canções, solos, tudo que tínhamos direito. E casa cheia, afinal a banda não dava as caras desde 1998.
Mais um disco, mais uma turnê: "Systematic Chaos" é mais pesado que seu antecessor, mas continua com longas suítes, grandiosos solos, as características marcantes da banda. Deste disco eu gosto especialmente da faixa "The Dark Eternal Night", pesada e sombria, além da mais conhecida "Constant Motion". Felizmente, a América do Sul e o Brasil estão no itinerário e eles tocam mais uma vez aqui, fazendo um show não tão longo, mas igualmente eficiente e competente.
O novo disco, "Black Clouds & Silver Linings", continua a sequência de flertes com sons mais pesados, temos Portnoy fazendo vocais mais "guturais" em contraste aos vocais de LaBrie; temos suítes longas, beirando os 20 minutos; e temos alguns covers interessantes que foram incluídos em uma versão completa do disco; destaque para "Stargazer", do Rainbow, e "To Tame A Land", do Iron Maiden. Turnê conrfirmada novamente para o Brasil, Rio de Janeiro felizmente incluído. Sábado, 20 de março de 2010, mais um capítulo da história do Dream Theater será escrito, e nós cariocas, roqueiros, incansáveis sofredores raríssimos, teremos o prazer de participar. Todos ao Citibank Hall, o Dream Theater merece !!
terça-feira, 16 de março de 2010
domingo, 14 de março de 2010
Letra C Internacional - Coverdale/Page, Cream, Creedence e outros
A letra C não tem nomes tão importantes na minha coleção internacional, mas ainda sim alguns nomes que mudaram a história do rock, como o Cream, trio dos anos 60 que foi fundamental para o rock como conhecemos hoje. E fundamental porque revelou definitivamente Eric Clapton para o mundo. Do Cream eu só tenho uma coletânea, o que é pouco, mas a discografia do Cream é pequena, os clássicos estão todos presentes lá. "Sunshine Of Your Love" é a minha favorita, um riffaço muito legal, levada bastante bacana. Lembro de uma banda totalmente desconhecida levando essa música numa festa no 6º andar da UERJ (andar de matemáticos e informáticos...), fizeram uma versão legal. A UERJ sempre tinha alguma banda tocando em algum andar. Boas bandas, mas totalmente desconhecidas.
No death metal, temos Cannibal Corpse e Carcass. Tenho do primeiro o "The Bleeding" e do segundo o "Heatwork". Dois petardos de primeira. O disco "The Bleeding" eu nem conhecia quando comprei, mas acabei gostando, já conhecia a fama do Cannibal e já tinha visto um ou outro clip na MTV. Já o "Heatwork" é aquele trabalho clássico do Carcass, em que eles dão uma aliviada para fazer um discaço de alta qualidade. Com dois clips na MTV, que adorei, corri pra comprar este disco. Bons tempos de MTV passando clips de rock e metal. Eram os tempos do Fúria Metal...
Tem o Coal Chamber, outra que o videoclip me fez correr atrás do disco. Uns caras muito doidos, mais aquela baixista... O som é o famoso alterna-metal, ou nu-metal, que tanta gente fala mal e reclama. Não sou o maior dos fãs deste estilo, mas tem muita coisa boa, o Coal Chamber era bem legal, o clip de que falei é o "Loco", do primeiro disco. No segundo disco, tem uma cover bacana do Peter Gabriel na voz do Ozzy, "Shock The Monkey". Porreta !!
Cro-Mags, mesma história: vi o clip de "We Gotta Know", uma porrada de primeira, e corri atrás do disco. Só mesmo importado. O Cro-Mags é banda de NY, e de lá sai cada coisa boa, tipo Agnostic Front, Biohazard. Tudo no estilo hardcore crossover, aquele som que é porrada com peso, gosto muito.
O Concrete Blonde é uma banda com vocal feminino que conheci através de um amigo (grande Marco Antônio!). O cara levou os discos pra copiar no trabalho e acabou todo mundo gostando e copiando também. Acabamos indo no show deles na Barra, bem legal. O disco que mais gostei foi o "Bloodletting", com as baladinhas "Caroline" e "Joey". Mas a música que mais gosto deles é a "Still In Hollywood", que tocava na Fluminense FM (ai, quanta saudade!), bem bacana.
O Jimmy Page, nos anos 80, não se conformava em ficar parado. Ele deve ter tentado várias vezes chamar o Robert Plant pra se reunir e cantar as músicas do Zeppelin. Diante da negativa de Plant, ele deve ter chamado o Coverdale e falado: "vamos gravar um disco juntos?". É o que tudo indica que aconteceu. Em 1991, saiu esse discaço com os riffs característicos do Page, esse monstro da guitarra, e o vocal do Coverdale, que às vezes tenta parecer com o Plant. Eu gostei muito do disco, mas teve gente que não gostou, disse que o Coverdale imitou o Plant. O certo é que, depois desse disco, o Page conseguiu convencer o Plant e eles partiram pra mais um projeto juntos. Ainda bem, pois na turnê deste projeto, os brasileiros conseguiram vê-los em ação. Que show...
Pra fechar o post, Creedence Clearwater Revival. Com esse nome grande, muita gente diz que não conhece. Ledo engano. Quase todo filme que fale dos anos 60 traz uma música deles na trilha sonora. Foi assim com Forrest Gump, que traz até mais de uma música. O Creedence fez um rockão de qualidade e com melodias ótimas, grudentas, por isso deve ter feito tanto sucesso. Eu quase não via disco deles pra vender, quando vi as coletâneas, comprei-as, ambas. 40 músicas do Creedence, com todos os sucessos. Acabei desanimando de comprar outros discos deles, mas merecem. Imaginem quem viveu no final dos anos 60 (não no Brasil, estávamos no auge da ditadura, AI-5, péssimo de se viver. Lá fora, EUA, Inglaterra, todo aquele clima rolando), devia ter lançamento de cada banda. Imagina: uma hora sai o novo do Hendrix, depois sai o novo do Pink Floyd, dos Beatles, dos Stones, do Creedence, da Janis, do Santana. Caralho !!!!!! Máquina do tempo pra gente ir viver essa época !!!!!
Grande abraço, letra D é letra importante demais: Deep Purple...
No death metal, temos Cannibal Corpse e Carcass. Tenho do primeiro o "The Bleeding" e do segundo o "Heatwork". Dois petardos de primeira. O disco "The Bleeding" eu nem conhecia quando comprei, mas acabei gostando, já conhecia a fama do Cannibal e já tinha visto um ou outro clip na MTV. Já o "Heatwork" é aquele trabalho clássico do Carcass, em que eles dão uma aliviada para fazer um discaço de alta qualidade. Com dois clips na MTV, que adorei, corri pra comprar este disco. Bons tempos de MTV passando clips de rock e metal. Eram os tempos do Fúria Metal...
Tem o Coal Chamber, outra que o videoclip me fez correr atrás do disco. Uns caras muito doidos, mais aquela baixista... O som é o famoso alterna-metal, ou nu-metal, que tanta gente fala mal e reclama. Não sou o maior dos fãs deste estilo, mas tem muita coisa boa, o Coal Chamber era bem legal, o clip de que falei é o "Loco", do primeiro disco. No segundo disco, tem uma cover bacana do Peter Gabriel na voz do Ozzy, "Shock The Monkey". Porreta !!
Cro-Mags, mesma história: vi o clip de "We Gotta Know", uma porrada de primeira, e corri atrás do disco. Só mesmo importado. O Cro-Mags é banda de NY, e de lá sai cada coisa boa, tipo Agnostic Front, Biohazard. Tudo no estilo hardcore crossover, aquele som que é porrada com peso, gosto muito.
O Concrete Blonde é uma banda com vocal feminino que conheci através de um amigo (grande Marco Antônio!). O cara levou os discos pra copiar no trabalho e acabou todo mundo gostando e copiando também. Acabamos indo no show deles na Barra, bem legal. O disco que mais gostei foi o "Bloodletting", com as baladinhas "Caroline" e "Joey". Mas a música que mais gosto deles é a "Still In Hollywood", que tocava na Fluminense FM (ai, quanta saudade!), bem bacana.
O Jimmy Page, nos anos 80, não se conformava em ficar parado. Ele deve ter tentado várias vezes chamar o Robert Plant pra se reunir e cantar as músicas do Zeppelin. Diante da negativa de Plant, ele deve ter chamado o Coverdale e falado: "vamos gravar um disco juntos?". É o que tudo indica que aconteceu. Em 1991, saiu esse discaço com os riffs característicos do Page, esse monstro da guitarra, e o vocal do Coverdale, que às vezes tenta parecer com o Plant. Eu gostei muito do disco, mas teve gente que não gostou, disse que o Coverdale imitou o Plant. O certo é que, depois desse disco, o Page conseguiu convencer o Plant e eles partiram pra mais um projeto juntos. Ainda bem, pois na turnê deste projeto, os brasileiros conseguiram vê-los em ação. Que show...
Pra fechar o post, Creedence Clearwater Revival. Com esse nome grande, muita gente diz que não conhece. Ledo engano. Quase todo filme que fale dos anos 60 traz uma música deles na trilha sonora. Foi assim com Forrest Gump, que traz até mais de uma música. O Creedence fez um rockão de qualidade e com melodias ótimas, grudentas, por isso deve ter feito tanto sucesso. Eu quase não via disco deles pra vender, quando vi as coletâneas, comprei-as, ambas. 40 músicas do Creedence, com todos os sucessos. Acabei desanimando de comprar outros discos deles, mas merecem. Imaginem quem viveu no final dos anos 60 (não no Brasil, estávamos no auge da ditadura, AI-5, péssimo de se viver. Lá fora, EUA, Inglaterra, todo aquele clima rolando), devia ter lançamento de cada banda. Imagina: uma hora sai o novo do Hendrix, depois sai o novo do Pink Floyd, dos Beatles, dos Stones, do Creedence, da Janis, do Santana. Caralho !!!!!! Máquina do tempo pra gente ir viver essa época !!!!!
Grande abraço, letra D é letra importante demais: Deep Purple...
segunda-feira, 8 de março de 2010
C de Camisa de Vênus, Capital Inicial, Celso Blues Boy, Cássia Eller
A letra C tem algumas bandas internacionais em meus CDs, mas o rock nacional marca presença importantíssima. Alguns nomes do rock oitentista: os baianos do Camisa de Vênus (isso sim é música baiana!), os brasilienses do Capital Inicial e o grande vascaíno Celso Blues Boy. E Cássia Eller, de quem todos sentem saudades...
O Camisa de Vênus é uma banda que gosto muito... e só tenho um cd. É o famoso disco ao vivo, "Viva", que eu tenho praticamente desde o lançamento, com minha fitinha cassete (coisa de velho mesmo...). O disco é um dos mais importantes, mas a gravadora fez o favor de lançar ele com faixas faltando e fora de ordem. Nem as bonus tracks compensaram a cagada feita. E ainda falta relançar os primeiros discos da banda !!
O Capital Inicial é daquelas bandas que tenho diversos discos (quase todos). É uma banda que gosto desde o seu começo, sempre tentei ir aos shows (desde o memorável show no Maracanazinho até um recente no Vivo Rio. Até em São Lourenço-MG eu já vi show deles!). Tem uns discos que eu tenho que mal escuto deles, tipo o terceiro trabalho ("Você Não Precisa Entender", ninguém entendeu e escutou mesmo...). Já outros são fundamentais, o primeiro disco é desses. Também, o primeiro disco tem 3 composições do Renato Russo, já explica parte da qualidade. Depois que voltou, o Capital lançou muito material novo, geralmente com boa qualidade. Sinto falta do Loro Jones na guitarra, mas o Passarelli segura a barra legal. O Dinho tem que parar de bancar o garotão, tá ficando velho, não tem jeito. Dos discos mais recentes, gosto mais do "Rosas e Vinho Tinto" e do "Gigante!".
O Celso Blues Boy é pioneiro do blues no Brasil. Celso fez muita coisa boa nos anos 80 e começo dos anos 90, época do auge de seu sucesso. Tanto sucesso que ele tocava quase todo final de semana no Circo Voador (bons tempos...). Esse sucesso culminou com um disco ao vivo excelente. Foi meu primeiro cd do "garoto" do blues. Uma coletânea dupla caça-níqueis (iniciativa da gravadora, não do Celso, claro. Incrível como os discos antigos são ignorados e nunca lançados. O Charles Gavin, agora que saiu dos Titãs e deve estar com mais tempo sobrando tinha que lembrar destes discos também...) foi a aquisição seguinte. Já no fim dos anos 90, quando Celso andava bem esquecido, ele tocou na Lona Cultural de Vista Alegre, para promover o cd "Vagabundo Errante". Foi quando adquiri este cd e também um autógrafo bacana dele, após um showzão. Depois nem sei se ele lançou outros álbuns. Os artistas nem estão mais se interessando em lançar música, tamanha a pirataria, a exploração das gravadoras e as baixas vendas.
Elogiar Cássia Eller é chover no molhado. Dona de uma voz bonita e encorpada, ela se juntou aos melhores compositores para compor para ela (Nando Reis, Frejat, Renato Russo, Arnaldo Antunes, só fera!), ou então pegou as músicas e lhes deu uma interpretação soberba. E não foi só no rock, foi no samba, na MPB, até no grunge, sua versão para "Smells Like Teen Spirit" é demais. Morreu estupidamente, desnecessariamente, demasiadamente cedo. Saudades dela são inevitáveis. Tenho o disco "O Marginal", que no final tem interpretações magníficas de músicas do Hendrix; o acústico é outro registro ótimo, com os grandes sucessos, versões de Mutantes e Beatles. Ela bebia na fonte de grandes nomes, como tinha bom gosto ! Pra completar, mais uma coletânea caça-níqueis (da Cássia, surgiram dezenas após sua morte... lançar os discos mesmo, a gravadora safada não faz...).
No próximo post, as bandas internacionais da letra C: Cannibal Corpse, Carcass, Chris Cornell, Coal Chamber, Concrete Blonde, Coverdale & Page, Cream, Creedence Clearwater Revival, Cro-Mags.
O Camisa de Vênus é uma banda que gosto muito... e só tenho um cd. É o famoso disco ao vivo, "Viva", que eu tenho praticamente desde o lançamento, com minha fitinha cassete (coisa de velho mesmo...). O disco é um dos mais importantes, mas a gravadora fez o favor de lançar ele com faixas faltando e fora de ordem. Nem as bonus tracks compensaram a cagada feita. E ainda falta relançar os primeiros discos da banda !!
O Capital Inicial é daquelas bandas que tenho diversos discos (quase todos). É uma banda que gosto desde o seu começo, sempre tentei ir aos shows (desde o memorável show no Maracanazinho até um recente no Vivo Rio. Até em São Lourenço-MG eu já vi show deles!). Tem uns discos que eu tenho que mal escuto deles, tipo o terceiro trabalho ("Você Não Precisa Entender", ninguém entendeu e escutou mesmo...). Já outros são fundamentais, o primeiro disco é desses. Também, o primeiro disco tem 3 composições do Renato Russo, já explica parte da qualidade. Depois que voltou, o Capital lançou muito material novo, geralmente com boa qualidade. Sinto falta do Loro Jones na guitarra, mas o Passarelli segura a barra legal. O Dinho tem que parar de bancar o garotão, tá ficando velho, não tem jeito. Dos discos mais recentes, gosto mais do "Rosas e Vinho Tinto" e do "Gigante!".
O Celso Blues Boy é pioneiro do blues no Brasil. Celso fez muita coisa boa nos anos 80 e começo dos anos 90, época do auge de seu sucesso. Tanto sucesso que ele tocava quase todo final de semana no Circo Voador (bons tempos...). Esse sucesso culminou com um disco ao vivo excelente. Foi meu primeiro cd do "garoto" do blues. Uma coletânea dupla caça-níqueis (iniciativa da gravadora, não do Celso, claro. Incrível como os discos antigos são ignorados e nunca lançados. O Charles Gavin, agora que saiu dos Titãs e deve estar com mais tempo sobrando tinha que lembrar destes discos também...) foi a aquisição seguinte. Já no fim dos anos 90, quando Celso andava bem esquecido, ele tocou na Lona Cultural de Vista Alegre, para promover o cd "Vagabundo Errante". Foi quando adquiri este cd e também um autógrafo bacana dele, após um showzão. Depois nem sei se ele lançou outros álbuns. Os artistas nem estão mais se interessando em lançar música, tamanha a pirataria, a exploração das gravadoras e as baixas vendas.
Elogiar Cássia Eller é chover no molhado. Dona de uma voz bonita e encorpada, ela se juntou aos melhores compositores para compor para ela (Nando Reis, Frejat, Renato Russo, Arnaldo Antunes, só fera!), ou então pegou as músicas e lhes deu uma interpretação soberba. E não foi só no rock, foi no samba, na MPB, até no grunge, sua versão para "Smells Like Teen Spirit" é demais. Morreu estupidamente, desnecessariamente, demasiadamente cedo. Saudades dela são inevitáveis. Tenho o disco "O Marginal", que no final tem interpretações magníficas de músicas do Hendrix; o acústico é outro registro ótimo, com os grandes sucessos, versões de Mutantes e Beatles. Ela bebia na fonte de grandes nomes, como tinha bom gosto ! Pra completar, mais uma coletânea caça-níqueis (da Cássia, surgiram dezenas após sua morte... lançar os discos mesmo, a gravadora safada não faz...).
No próximo post, as bandas internacionais da letra C: Cannibal Corpse, Carcass, Chris Cornell, Coal Chamber, Concrete Blonde, Coverdale & Page, Cream, Creedence Clearwater Revival, Cro-Mags.
sexta-feira, 5 de março de 2010
Fechando o B - Body Count, Bruce Dickinson, Brujeria, Budgie
Pra fechar a letra B, temos algumas bandas legais com carreiras curtas.
O Blind Melon eu tenho o disco com aquela balada manjadíssima ("No Rain"), mas o disco é bacana, eles faziam um rock bastante inspirado e honesto, pena o vocalista entrar na paranóia e se matar.
O Body Count é uma banda originada no rap, já que seu idealizador e vocalista, Ice-T, fez sucesso com discos de hip hop. Mas quem conhece o Body Count sabe que o som da banda é hardcore de primeira. O primeiro disco é excelente, inspirado naquela porradaria que rolou em Los Angeles no começo dos anos 90. Aquela introdução é lendária já - o Ice-T matando o policial que não o quis ajudar a trocar o pneu... O segundo disco mantém a qualidade, só o terceiro que deixa um pouco a desejar. O show do BC no Imperator (quanta saudade...) foi maneiraço, quem não foi perdeu uma oportunidade única.
A carreira solo de Bruce Dickinson começou com o disco regular para bom "Tattoed Millionaire", que acabou rendendo, no final das contas, mais um guitarrista para o Iron: Janick Gers. Também rendeu uma música, "Bring Your Daughter...". "Balls To Picasso" é legal também, e vale pela balada maneiraça "Tears Of The Dragon". Foi nessa época que ele tocou no Imperator (de novo !!!), show bacaninha também (nada que se compare ao Iron, claro). O "Accident Of Birth" é que começou a campanha para que o Bruce voltasse ao Iron. Foi um disco clássico, com a excelente participação do Adrian Smith (meu guitarrista preferido no Maiden). E, de novo, vem o Bruce tocar no nosso Brasil. Skol Rock (agora a Skol resolveu patrocinar arranhadores de vinil...), com Dio e Scorpions. Show bem melhor, recheado de músicas do Iron. Estes shows e discos fizeram a pressão necessária para dar um chute na bunda do Blaze Bailey e o retorno triunfal do Bruce à donzela de ferro. Ainda bem !!
O Brujeria chegou a mim como uma banda totalmente doida. A capa do disco era simplesmente uma cabeça deformada !! Escutando o som, completou-se a surpresa, com um vocal cantado em espanhol. Era o "Matando Gueros", que depois viria incluído no primeiro CD da banda, "Raza Odiada". A abertura desse disco é um discurso racista de um governador torto dos EUA, narrado pelo lendário Jello Biafra. Depois do discurso, death metal de primeira qualidade. Quem gosta de Fear Factory, Napalm Death e Faith No More deve se identificar com a banda... Tenho o "Brujerismo" também, é bacana mas sem a química do primeiro disco.
Pra fechar, uma banda pouco conhecida, bastante ignorada, mas muito foda: Budgie. Pesquisando, descobri que os caras são do País de Gales, e começaram no começo dos anos 70. Quem curte Metallica já escutou a música dos caras: "Breadfan" e "Crash Course In Brain Surgery" são covers que o Metallica costuma tocar em shows (a primeira abriu os shows de 1999 e costumava tocar também no Globo Esporte, muito tempo atrás). Confesso que só fui conhecer esta banda na época Napster/Audiogalaxy. Benditos sejam, a banda é muito boa, um som clássico e pesado, hard rock de primeiríssima. O primeiro disco, o terceiro ("Never Turn Your Back On A Friend") e o quinto ("Bandolier") foram os que baixei e adorei. No "Bandolier", tem a música "I Can't See My Feelings", que o Iron Maiden coverizou e adicionou a um daqueles discos extra que foram lançados há um tempo atrás (se não me engano, no disco extra do "No Prayer For The Dying").
A letra C tem uns poucos artistas e comentarei no próximo post. Já a letra D vai render muito...
O Blind Melon eu tenho o disco com aquela balada manjadíssima ("No Rain"), mas o disco é bacana, eles faziam um rock bastante inspirado e honesto, pena o vocalista entrar na paranóia e se matar.
O Body Count é uma banda originada no rap, já que seu idealizador e vocalista, Ice-T, fez sucesso com discos de hip hop. Mas quem conhece o Body Count sabe que o som da banda é hardcore de primeira. O primeiro disco é excelente, inspirado naquela porradaria que rolou em Los Angeles no começo dos anos 90. Aquela introdução é lendária já - o Ice-T matando o policial que não o quis ajudar a trocar o pneu... O segundo disco mantém a qualidade, só o terceiro que deixa um pouco a desejar. O show do BC no Imperator (quanta saudade...) foi maneiraço, quem não foi perdeu uma oportunidade única.
A carreira solo de Bruce Dickinson começou com o disco regular para bom "Tattoed Millionaire", que acabou rendendo, no final das contas, mais um guitarrista para o Iron: Janick Gers. Também rendeu uma música, "Bring Your Daughter...". "Balls To Picasso" é legal também, e vale pela balada maneiraça "Tears Of The Dragon". Foi nessa época que ele tocou no Imperator (de novo !!!), show bacaninha também (nada que se compare ao Iron, claro). O "Accident Of Birth" é que começou a campanha para que o Bruce voltasse ao Iron. Foi um disco clássico, com a excelente participação do Adrian Smith (meu guitarrista preferido no Maiden). E, de novo, vem o Bruce tocar no nosso Brasil. Skol Rock (agora a Skol resolveu patrocinar arranhadores de vinil...), com Dio e Scorpions. Show bem melhor, recheado de músicas do Iron. Estes shows e discos fizeram a pressão necessária para dar um chute na bunda do Blaze Bailey e o retorno triunfal do Bruce à donzela de ferro. Ainda bem !!
O Brujeria chegou a mim como uma banda totalmente doida. A capa do disco era simplesmente uma cabeça deformada !! Escutando o som, completou-se a surpresa, com um vocal cantado em espanhol. Era o "Matando Gueros", que depois viria incluído no primeiro CD da banda, "Raza Odiada". A abertura desse disco é um discurso racista de um governador torto dos EUA, narrado pelo lendário Jello Biafra. Depois do discurso, death metal de primeira qualidade. Quem gosta de Fear Factory, Napalm Death e Faith No More deve se identificar com a banda... Tenho o "Brujerismo" também, é bacana mas sem a química do primeiro disco.
Pra fechar, uma banda pouco conhecida, bastante ignorada, mas muito foda: Budgie. Pesquisando, descobri que os caras são do País de Gales, e começaram no começo dos anos 70. Quem curte Metallica já escutou a música dos caras: "Breadfan" e "Crash Course In Brain Surgery" são covers que o Metallica costuma tocar em shows (a primeira abriu os shows de 1999 e costumava tocar também no Globo Esporte, muito tempo atrás). Confesso que só fui conhecer esta banda na época Napster/Audiogalaxy. Benditos sejam, a banda é muito boa, um som clássico e pesado, hard rock de primeiríssima. O primeiro disco, o terceiro ("Never Turn Your Back On A Friend") e o quinto ("Bandolier") foram os que baixei e adorei. No "Bandolier", tem a música "I Can't See My Feelings", que o Iron Maiden coverizou e adicionou a um daqueles discos extra que foram lançados há um tempo atrás (se não me engano, no disco extra do "No Prayer For The Dying").
A letra C tem uns poucos artistas e comentarei no próximo post. Já a letra D vai render muito...
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