Este post é o último sobre o álbum homônimo do Metallica, mais conhecido como disco preto, que completou 20 anos de idade semana passada. É uma forma de homenagear um dos discos mais vendidos de heavy metal de todos os tempos. Neste post falaremos sobre a grandiosa turnê que se seguiu ao lançamento do disco, durou quase três anos e percorreu o mundo inteiro, Brasil incluído.
No primeiro post, fechamos com a banda encerrando a mixagem do álbum. Após o período de mixagens, a banda entrou na fase de promover o disco. As promoções incluíram o de sempre - entrevistas para rádios e revistas especializadas, aparições em lojas de discos, etc - e também algumas não triviais. A que mais me chamou a atenção foi encher o Madison Square Garden com fãs convidados, onde uma audição na íntegra do novo disco aconteceu. Mas era óbvio que a banda iria promover mesmo o novo álbum caindo na estrada. A grande turnê seria gigantesca, varrendo diversas partes do mundo durante quase três anos (de 1991 a 1993). Para o design do palco, a banda resolveu trazer uma novidade, o snake pit, ideia do produtor Peter Mensch, que pensou em um lugar mais próximo da banda e reservado para os fãs mais hardcore.
A turnê começou em agosto de 1991, com dois shows na California, no Phoenix Theatre, antes de rumar para a Europa, onde a banda participou do festival Castle Donnington pela terceira vez (o AC/DC era a banda principal) e tocou em diversos outros países através do velho continente. O ápice da turnê européia foi o festival a céu aberto em Moscou Tushino Air Field, com um mar de pessoas assistindo-os (diversos vídeos mostram músicas deste show; há um vídeo que apresenta os melhores momentos deste festival, com AC/DC, Metallica, Pantera, dentre outros). Em outubro, a banda retornou aos EUA e começou sua turnê por ginásios do país, começando em Oakland, California. Nesta turnê foi que a banda pôs em prática sua concepção do snake pit. Nesta parte da turnê, a banda passou por San Diego e registrou o show todo para posterior lançamento na caixa (mais pra frente falaremos desta caixa). A turnê pelos EUA (com passagem pelo Canadá) abriu um espaço para a banda participar do tributo a Freddie Mercury em abril de 1992, onde tocaram "Enter Sandman", "Sad But True" e "Nothing Else Matters", além da participação de James Hetfield, junto com Tony Iommi e os remanescentes do Queen tocando a canção "Stone Cold Crazy" (a alegria de James em tocar com o ídolo Iommi é clara). Esta turnê por ginásios foi até julho de 1992, quando o Metallica resolveu excursionar ao lado do Guns n' Roses...
O palco do Metallica durante a turnê, com o snake pit no meio. |
O Metallica retornaria à Europa para uma turnê mais extensa durante o restante do ano de 1992. Retornariam aos EUA e Canadá no começo do ano seguinte, 1993, para uma turnê de dois meses - janeiro e fevereiro. No final de fevereiro e começo de março acontecem as cinco noites seguidas na Cidade do México, que foram gravadas e estão registradas na caixa lançada pouco tempo depois. Agora era a vez do restante do mundo vê-los. Foram os shows por Japão, Austrália, Nova Zelândia, Indonésia, Cingapura e Tailândia. Após quatro anos de espera (a banda veio aqui em 1989), os fãs sul-americanos puderam ver novamente o Metallica. Dois shows em São Paulo, um em Santiago, no Chile, e dois em Buenos Aires, Argentina. Confira aqui o set list do primeiro show em São Paulo. Mais uma passagem pela Europa a partir de maio, e a grandiosa turnê se encerraria com um show em julho de 1993, na Bélgica. Confira neste link aqui tudo sobre a turnê.
Depois de tantos shows feitos, a banda aproveitou e gravou alguns para ganhar mais alguns trocados. Primeiro foram os vídeos que formam as duas partes do "A Year And a Half In The Life Of Metallica". A primeira parte abrangia as sessões de gravação do disco, e a segunda parte documentava a turnê. Estes vídeos foram relançados como um único DVD posteriormente.
A caixa "Live Shit: Binge & Purge" com seu formato característico. |
Vídeos da turnê:
For Whom The Bell Tolls, ao vivo em Castle Donnington, 1991:
Harvester Of Sorrow, ao vivo no Tushino Air Field, Moscou, 1991:
Trecho do acidente de James HetField onde ele se queima, e a banda tocando "Nothing Else Matters" com James enfaixado nos braços e com John Marshall na guitarra:
Creeping Death, ao vivo em São Paulo, 1993 (qualidade inferior):
Acompanhe o blog pelas redes sociais. Facebook, Twitter, Tumblr. O especial sobre o disco preto do Metallica termina neste post, espero que tenham gostado. Rock on!!