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domingo, 11 de setembro de 2016
Scorpions no Rio de Janeiro - como foi o show
Ontem, o Metropolitan recebeu um público excelente para mais uma apresentação dos Scorpions no Brasil, desta vez incluindo o Rio de Janeiro na turnê (nas últimas turnês de 2010 e 2012, a cidade não foi incluída). Com a competência de sempre, a banda entregou uma grande performance ao público carioca. Competência foi o que faltou à casa: abertura muito tarde, deixando muita gente entrando em cima da hora ou depois do começo do show, muita confusão para comprar bebidas e alimentos. Vamos aos detalhes deste show!
Vamos começar falando sobre a desorganização do Metropolitan. Quem chegava, via a fila dando voltas e mais voltas por dentro do estacionamento do shopping onde fica a casa de espetáculos. Segundo alguns relatos, demoraram muito a abrir a casa para o público da pista normal - a maior parte do público total. Quem chegou cedo relatou pelo menos uma hora na fila para conseguir entrar. Por volta de 21:45 - quinze minutos antes do horário marcado para o show - a fila ainda era muito grande, e muitos disseram que perderam o começo do show. Pra completar, quem conseguia entrar encarava mais confusão para comprar bebidas - filas muito grandes, demora para pagar, as filas as vezes se formavam e eram abandonadas pela caixa (aconteceu comigo essa...). Não dá pra tratar o público roqueiro assim, Metropolitan!!
O guitarrista Rudolph Schenker em ação
Alheios aos problemas, a banda foi extremamente profissional e praticamente não atrasou (o site setlist.fm relatou a entrada deles no palco às 22:12). Com cinquenta anos de carreira, os Scorpions dominam completamente o palco e este show não foi diferente: a banda escolheu uma nova canção (do álbum "Return To Forever") para abrir o show, mas logo a seguir desfilou alguns clássicos para ganhar completamente a plateia. Destaque nesta primeira parte para a ótima instrumental "Coast To Coast", tocada por todos, inclusive o vocalista Klaus Meine. Vale citar a performance do vocalista, que preferiu ficar em um alcance confortável no seu timbre, sem arriscar muito. Usou a experiência para não comprometer. A seguir, um grande momento do show, um tanto quanto menosprezado pelo público carioca: um medley de canções dos anos 70, do tempo em que Uli Jon Roth estava na banda.
Agora é a vez de Matthias Jabs em ação
Um dos pontos mais altos do show foi o pequeno trecho acústico com belas baladas, cantadas a plenos pulmões pelos presentes. Logo a seguir, mais uma balada, "Wind Of Change", cantada por todos e impressionando a banda. A segunda metade do show entrava em seus momentos derradeiros e alguns clássicos estavam presentes. Depois da excelente "Dynamite" (meio que ignorada pela maior parte da plateia), veio a homenagem a Lemmy, com a cover de "Overkill", seguida por um solo arrasador de bateria. Mikkey Dee foi uma excelente escolha que a banda fez para substituir temporariamenteJames Kottak (a banda acabou de anunciar que Mikkey foi efetivado no cargo. Grande escolha!). A energia que ele traz é empolgante. Segue o show, "Blackout" traz o guitarrista Rudolph Schenker com uma bomba de fumaça acoplada a sua guitarra, sem empolgar tanto ao público. A banda aproveita para agradar os cariocas puxando "Cidade Maravilhosa" antes de emendar "No One Like You", trazendo bem mais empolgação, com o público cantando bem alto o refrão, e a empolgação aumenta ainda mais com o clássico "Big City Nights", que encerra o show. O bis traz as duas canções mais conhecidas da banda e o máximo de empolgação da plateia. "Still Loving You" sempre é um acontecimento nos shows do Brasil e dessa vez não foi diferente. O final com "Rock You Like A Hurricane" encerra mais um belo show dos Scorpions em terras brasileiras. Com produção muito boa e o habitual profissionalismo da banda, a apresentação pode não mostrar grandes novidades e trazer sempre os mesmos hits, mas agrada em cheio ao público e garante diversas turnês da banda pelo nosso país. Podem esperar por mais turnês nos próximos anos!!
Klaus Meine e sua performance no show no Rio de Janeiro
Set list do show:
"Going Out With A Bang" "Make It Real" "The Zoo" "Coast To Coast" "Top Of The Bill" / "Steamrock Fever" / "Speedy's Coming" / "Catch Your Train" "We Built This House" "Delicate Dance" "Always Somewhere" / "Eye Of The Storm" / "Send Me An Angel" (medley acústico) "Wind Of Change" "Rock 'N' Roll Band" "Dynamite" "Overkill" (cover do Motörhead, com imagens de Lemmy no telão)
Solo de bateria "Blackout" "No One Like You" "Big City Nights" Bis: "Still Loving You" "Rock You Like A Hurricane"