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sábado, 15 de junho de 2013

Sepultura - Roorback

Este post vai falar sobre um álbum do Sepultura que está completando dez anos de seu lançamento neste mês de maio de 2013. Falamos sobre o ótimo "Roorback", um disco que colocou a banda numa sequência de grandes álbuns, apesar da falta do reconhecimento que eles realmente merecem...

O Sepultura veio em uma curva descendente desde a saída de Max Cavalera da banda, em 1998. A banda atribuiu parte desta queda a sua gravadora, Roadrunner - segundo a banda, eles escolheram promover o Soulfly de Max e resolveram deixar de lado o Sepultura. Com isso, após o álbum "Nation", a banda resolveu sair de sua antiga gravadora e assinou contrato com a SPV, uma gravadora alemã independente. A mudança acabou dando novos ares à banda, que escolheu manter o produtor do último disco, Steve Evetts.

Uma das qualidades deste álbum é ser direto ao ponto. Ao contrário de "Against", com muitos convidados que acabaram deixando o disco um pouco disperso, e de "Nation", que girava em torno de uma temática um pouco distante, este álbum traz a banda focada em sua música e entregando petardos ao melhor estilo Sepultura, com grandes riffs de Andreas Kisser, bateria inspirada de Igor Cavalera, com Paulo Jr. completando a cozinha com competência, e vocais de primeira de Derrick Green. Tudo isso com uma produção muito bem feita, o álbum sempre me passou muita coesão e força, desde a primeira vez que escutei.

Derrick Green e Andreas Kisser em ação. Foto: Wikipedia.
A abertura do álbum se dá com "Come Back Alive", tremendo climão como intro, e a seguir a banda desce a pancada, petardo acelerado e Derrick urrando a plenos pulmões, refrão forte e mais ritmado, solos supersônicos de Andreas, grande abertura para este discaço. "Godless" segue em grande estilo, trechos alternando um peso monstruoso com climas mais soturnos. "Apes Of God" abre com um grande riff com uma bateria insana do Igor, e Derrick rapidamente entra com seu vocal rasgado, muita ira e peso; mais pro final, a música fica naquela levada mais lenta e mais pesada, e Derrick abusa no vocal, berrando com toda a força. Uma das melhores do álbum. Aliás, este álbum tem uma das melhores performances de Derrick no Sepultura, ele estava inspirado. "More Of The Same" traz, como o nome da música diz, mais do mesmo: riffs de primeira, muito peso e o grande vocal de Derrick arrasando - um trecho mais introspectivo no meio da canção traz todo um clima pra aumentar a qualidade da música. "Urge" traz outro riff inspirado, com uma levada de bateria no estilo característico de Igor - nem vou falar dos urros de Derrick, e do peso, marcas registradas deste disco. "Corrupted" é uma de minhas preferidas, canção no mesmo nível dos grandes clássicos da banda, o riff principal permeia a canção incorporando um peso imenso, excelente.

"As It Is" é mais moderada, sem perder a qualidade, uma levada de boa melodia, com trechos de peso mais intenso. "Mind War" é outro grande destaque do álbum, foi a escolhida da banda para promover o disco com um vídeo-clipe (bem legal), intensa e pesada ao máximo, os vocais de Derrick se superando, a bateria de Igor destruindo tudo, todo o peso da guitarra de Andreas, bela escolha da banda para promoção do álbum. "Leech" mete o pé lá embaixo no acelerador, ideal para agitar as rodinhas nos shows, outro destaque do disco. "The Rift" devia se chamar "The Riff", tamanha a qualidade do seu riff - reparem que a qualidade do disco se mantém lá no alto o tempo todo, composições inspiradas preenchendo todo o CD. "Bottomed Out" pode ser considerada a "lentinha" do álbum, e Derrick prova seu valor cantando mais serenamente - a banda já explorou territórios mais calmos antes e sempre se saiu bem. Pra finalizar, um petardo supersônico, "Activist", mantendo a qualidade deste excelente registro do Sepultura!!

Relação das músicas do álbum:
1 - "Come Back Alive"
2 - "Godless"
3 - "Apes Of God"
4 - "More Of The Same"
5 - "Urge"
6 - "Corrupted"
7 - "As It Is"
8 - "Mind War"
9 - "Leech"
10 - "The Rift"
11 - "Bottomed Out"
12 - "Activist"
13 - "Outro"

Algumas versões do álbum vieram com a cover "Bullet The Blue Sky", do U2, lançado originalmente no EP de covers "Revolusongs". Uma versão irada de uma grande canção dos irlandeses. A banda sofreu, nos anos que se seguiram, a baixa de dois bateristas: Igor, da formação original, e Jean Dolabella, que o substituiu. Atualmente, Eloy Casagrande está no posto de baterista. A banda está em estúdio e aguarda-se um grande álbum, como quase todos em sua extensa discografia!!

Alguns vídeos:
"Mind War", vídeo clipe da canção:


"Apes Of God":


"Corrupted":


Até o próximo post, com muito rock and roll!!