Este post vai falar sobre um álbum do Sepultura que está completando dez anos de seu lançamento neste mês de maio de 2013. Falamos sobre o ótimo "Roorback", um disco que colocou a banda numa sequência de grandes álbuns, apesar da falta do reconhecimento que eles realmente merecem...
O Sepultura veio em uma curva descendente desde a saída de Max Cavalera da banda, em 1998. A banda atribuiu parte desta queda a sua gravadora, Roadrunner - segundo a banda, eles escolheram promover o Soulfly de Max e resolveram deixar de lado o Sepultura. Com isso, após o álbum "Nation", a banda resolveu sair de sua antiga gravadora e assinou contrato com a SPV, uma gravadora alemã independente. A mudança acabou dando novos ares à banda, que escolheu manter o produtor do último disco, Steve Evetts.
Uma das qualidades deste álbum é ser direto ao ponto. Ao contrário de "Against", com muitos convidados que acabaram deixando o disco um pouco disperso, e de "Nation", que girava em torno de uma temática um pouco distante, este álbum traz a banda focada em sua música e entregando petardos ao melhor estilo Sepultura, com grandes riffs de Andreas Kisser, bateria inspirada de Igor Cavalera, com Paulo Jr. completando a cozinha com competência, e vocais de primeira de Derrick Green. Tudo isso com uma produção muito bem feita, o álbum sempre me passou muita coesão e força, desde a primeira vez que escutei.
Derrick Green e Andreas Kisser em ação. Foto: Wikipedia. |
"As It Is" é mais moderada, sem perder a qualidade, uma levada de boa melodia, com trechos de peso mais intenso. "Mind War" é outro grande destaque do álbum, foi a escolhida da banda para promover o disco com um vídeo-clipe (bem legal), intensa e pesada ao máximo, os vocais de Derrick se superando, a bateria de Igor destruindo tudo, todo o peso da guitarra de Andreas, bela escolha da banda para promoção do álbum. "Leech" mete o pé lá embaixo no acelerador, ideal para agitar as rodinhas nos shows, outro destaque do disco. "The Rift" devia se chamar "The Riff", tamanha a qualidade do seu riff - reparem que a qualidade do disco se mantém lá no alto o tempo todo, composições inspiradas preenchendo todo o CD. "Bottomed Out" pode ser considerada a "lentinha" do álbum, e Derrick prova seu valor cantando mais serenamente - a banda já explorou territórios mais calmos antes e sempre se saiu bem. Pra finalizar, um petardo supersônico, "Activist", mantendo a qualidade deste excelente registro do Sepultura!!
Relação das músicas do álbum:
1 - "Come Back Alive"
2 - "Godless"
3 - "Apes Of God"
4 - "More Of The Same"
5 - "Urge"
6 - "Corrupted"
7 - "As It Is"
8 - "Mind War"
9 - "Leech"
10 - "The Rift"
11 - "Bottomed Out"
12 - "Activist"
13 - "Outro"
2 - "Godless"
3 - "Apes Of God"
4 - "More Of The Same"
5 - "Urge"
6 - "Corrupted"
7 - "As It Is"
8 - "Mind War"
9 - "Leech"
10 - "The Rift"
11 - "Bottomed Out"
12 - "Activist"
13 - "Outro"
Algumas versões do álbum vieram com a cover "Bullet The Blue Sky", do U2, lançado originalmente no EP de covers "Revolusongs". Uma versão irada de uma grande canção dos irlandeses. A banda sofreu, nos anos que se seguiram, a baixa de dois bateristas: Igor, da formação original, e Jean Dolabella, que o substituiu. Atualmente, Eloy Casagrande está no posto de baterista. A banda está em estúdio e aguarda-se um grande álbum, como quase todos em sua extensa discografia!!
Alguns vídeos:
"Mind War", vídeo clipe da canção: