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terça-feira, 24 de abril de 2012

Metal Open Air - como foram os (poucos) shows

Este post vai falar sobre os (poucos) shows que rolaram no Metal Open Air, em São Luís, no Maranhão. Basicamente, falarei do primeiro dia (sexta-feira, 20/04/2012), o único que fui, já que no sábado a incerteza era muito grande e domingo não teve show mesmo... Em outro post falarei um pouco sobre os problemas e minhas opiniões sobre o que aconteceu.

Cheguei ao Parque Independência por volta de 16:30h, quando já tinha rolado o show do Exciter, que perdi totalmente, e estava rolando o show do Orphaned Land. As notícias de cancelamento das bandas já corriam soltas e o público tratou de curtir cada show merecidamente. Os israelenses citados acima fizeram uma apresentação morna, que acabou esquentando pela boa presença de palco do vocalista, o cara de branco, que interagia com a plateia e pegava tudo que é bandeira e colocava no palco.
Os israelenses do Orphaned Land
Edu Falaschi com o Almah no palco do MOA
A seguir, o Almah de Edu Falaschi subiu ao palco, e fez o que lhe cabia: uma apresentação competente e prestigiada pelos presentes. Depois ainda tivemos o Shaman no mesmo palco (Ronnie James Dio - não havia identificação nos palcos, estou assumindo pela programação do festival). No outro palco, tivemos a primeira apresentação que sacudiu o público pra valer: os canadenses do Anvil entraram com vontade (e alguns problemas no som, que se resolveram conforme a apresentação evoluiu) e agradaram em cheio ao público do festival, que vibrou com a performance de Lips e cia. O final com a mais que conhecida "Metal On Metal" coroou o show de forma mais que adequada.
Lips e o Anvil em ação
Era hora dos shows de verdade, os que realmente ficaram na nossa memória. Começando com a performance arrasa-quarteirão do Destruction, que levou a plateia ao delírio e a agitar como se não houvesse amanhã. Os problemas com o som continuavam: o baixo de Schmier estava muito alto e mal escutei a guitarra de Mike Sifringer. Mesmo assim, o show da banda foi ótimo, desfilando o melhor do thrash metal alemão em plena capital maranhense. O thrash continuaria com tudo a seguir com o melhor show da noite (na minha opinião): o Exodus entrou com gana, vontade de arrasar e conseguiu. Explorando músicas dos últimos discos da banda ("Shovel Headed Kill Machine" e do último, "Exhibit B: The Human Condition") e complementando o set list com clássicos do grande álbum "Bonded By Blood". O vocalista Rob Dukes tem uma ótima performance de palco, atiçando o público e exigindo agitação intensa. A dupla de guitarristas composta por Lee Altus e Gary Holt desfila riffs supersônicos potentes e cortantes que deixam os pescoços deslocados. E a cozinha composta por Jack Gibson e o veterano Tom Hunting segura toda esta porradaria com extrema competência. Pena que o show foi curto - curto porém direto no ponto.
Schmier e o Destruction
Rob Dukes posando com a bandeira brasileira
Naquela altura da noite, já se acumulavam diversos shows e meu cansaço exigiu ficar sentado no show do Symphony X: acho que já disse isto aqui, mas repito - num festival, precisamos ter prioridades, e os americanos do metal progressivo não me agradam tanto. Mesmo assim, de longe, percebi que eles fizeram um show competente e que agradou bastante ao público. Que bom, tivemos tão poucos shows...
Chris Broderick em ação
Dave Mustaine ao vivo no MOA
Ficava faltando apenas a principal atração da noite (e talvez do festival todo, se ele tivesse tido os shows planejados): o Megadeth. O palco deles estava com o pano de fundo com o logo da banda desde cedo (antes do show do Exodus) e a expectativa era grande. O show começou com tudo, com a super conhecida "Trust" seguida da excelente "Hangar 18" - o final instrumental desta canção ao vivo é matador!! Os problemas de som já se faziam presentes: a guitarra de Mustaine estava com ruídos e sua voz se tornava inaudível em diversos trechos. As paradas para tentar acertar o som começaram, e entre estas paradas, a banda emendou "She-Wolf" e algumas novas canções do último disco, "Thirteen". Mas os problemas se acumularam, irritaram o frontman da banda e Dave deve ter pensado: "vou acabar logo com esta porra!". Começaram a tocar as canções que tradicionalmente ficam para o final do show: "Symphony Of Destruction", "Peace Sells" e "Holy Wars". A esta altura, eu já caminhava para a saída do show, para tentar um transporte não tão cheio até o hotel onde estava...
Mustaine novamente
Vic, o mascote do Megadeth no palco
No final da noite, apesar dos diversos percalços, um saldo positivo acabou ficando - bons shows, performances dedicadas das bandas e um público empolgado que vibrou bastante e nem imaginava que nos dias seguintes teria seus sonhos frustrados. Mas esta é uma história para um outro post...

Vídeo de "Piranha", do Exodus, ao vivo:

Confira mais fotos do festival na página do blog no Facebook: http://www.facebook.com/ripandohistoriarock

Até a próxima!!