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quinta-feira, 10 de julho de 2014

1994 - Surgimento do New (Nu) Metal, Grunge em alta, Punk Revival

Fechando a sequência de posts relembrando os lançamentos de anos passados, este último post vai voltar até o ano de 1994 e mostrar o que foi produzido de maior relevância musical, vinte anos atrás. Para conferir os posts sobre os anos de 1974 e 1984, veja aqui aqui.

No post sobre o ano de 1993 (clique aqui para vê-lo), citei o atentado terrorista ao World Trade Center, Plano Real e posse do presidente Bill Clinton. Clinton assinaria alguns tratados com o então presidente russo Boris Yeltsin, numa tentativa de iniciar o desarmamento nuclear. Um atentado ao avião onde viajava o presidente de Ruanda abriu precedente para um genocídio enorme (centenas de milhares de pessoas da etnia tutsi), muito bem retratado no filme "Hotel Ruanda" - recomendo muito. Durante um Grande Prêmio no circuito de Ímola, o tricampeão Ayrton Senna acabou falecendo, comovendo toda a nação. Uma outra comoção, só que de alegria e esperança, tomou conta da África do Sul, com a posse de Nelson Mandela como seu presidente. Nos EUA, o ex-astro do futebol americano O.J. Simpson (atuou nos três filmes da série "Corra Que A Polícia Vem Aí") foi acusado de matar sua ex-mulher e realiza uma fuga da polícia com grande cobertura da televisão (ele acabou sendo absolvido deste crime, mas acabou sendo preso e condenado por outros crimes anos mais tarde).

Romário comemorando o tetra em 1994. Ele foi o grande destaque
 A Copa do Mundo de 1994, realizada nos EUA, encerrou um longo jejum da nossa seleção canarinho (24 anos), com vitória nos pênaltis sobre a Itália. Um efeito colateral dos acontecimentos da Copa foi o assassinato do zagueiro colombiano Escobar, graças a um gol contra que ele fez. A famosa organização IRA anunciou o fim das operações militares, a ocupação militar da Alemanha se encerrou e o exército russo saiu da Estônia, encerrando a ocupação de anos. No finalzinho do ano, uma grande crise econômica se iniciou, graças a problemas no México. Na tecnologia, a primeira versão do Netscape foi lançada, um dos marcos do início da World Wide Web - www. Musicalmente, tivemos a grande perda de Kurt Cobain, que se suicidou com um tiro na cabeça. O Pearl Jam iniciou, no final do ano, sua batalha contra a Ticketmaster, uma batalha que prejudicaria financeiramente a banda. Pra encerrar, foi no ano de 1994 que tivemos a segunda edição do festival Woodstock, em comemoração aos 25 anos da primeira edição.

Cartaz do festival Woodstock, de 1994, 25 anos depois da primeira edição
 Sem mais delongas, vamos aos álbuns que estão completando (ou já completaram) vinte anos:

Ramones - "Acid Eaters" - este foi o primeiro álbum dos Ramones a contar exclusivamente com covers, dos mais variados artistas, sendo a grande maioria centrada nos anos 60, período que formou a base de influência da banda. Então temos Rolling Stones, The Who, Jefferson Airplane, Creedence Clearwater Revival e algumas bandas mais obscuras. Todas as canções, claro, devidamente ramonizadas. Destaque para "Journey To The Center To The Mind" (cantada por CJ, da banda Amboy Dukes, primeira banda de Ted Nugent) e as versões do The Who, "Substitute" e do Creedence, "Have You Ever Seen The Rain". A banda ainda lançaria mais um álbum de estúdio e excursionaria antes de encerrar suas atividades, em 1996. Aos poucos, os principais integrantes do grupo foram falecendo nos anos seguintes: Joey, Dee Dee e Johnny, sobrando apenas Marky Ramone, que esporadicamente se apresenta com uma banda tributo.

Prong - "Cleansing" - este álbum viu o Prong retornar a um som mais pesado, guiado a riffs rápidos e rasgantes, sem tantas experimentações quanto o disco anterior. Viu também mais um novo baixista na banda: neste disco, quem gravou nas quatro cordas foi Paul Raven, complementando a formação da banda com o vocalista e guitarrista Tommy Victor e o baterista Ted Parsons. Para a produção, a escolha recaiu sobre Terry Date (Pantera, Soundgarden, Deftones), o que deve ter ajudado a banda a abrir as turnês do Sepultura e do Pantera na época. Destaque para as canções "Whose Fist Is This Anyway?", "Snap Your Fingers, Snap Your Neck" e "Broken Peace". É o álbum mais bem sucedido do grupo, conseguiu entrar na parada norte-americana e vendeu mais de trezentas mil cópias nos EUA. A banda ainda lançaria mais um álbum e desbandaria - Tommy foi tocar com Danzig. Alguns anos depois, retornou, e voltou a gravar esporadicamente. Somente Tommy Victor permanece como membro permanente desde então.

Alice In Chains - "Jar Of Flies" - segundo EP que o Alice In Chains lançou em sua carreira, este fez um enorme sucesso, chegando ao topo da parada norte-americana (segundo a Wikipedia, já vendeu mais de quatro milhões de cópias!). Era o auge da carreira da banda, colhendo os frutos do excelente "Dirt". O EP marca também o primeiro grande lançamento com a participação do baixista Mike Inez, que está até hoje com o grupo. Com uma pegada acústica e musicalmente variada, o EP trouxe meia hora de canções inspiradas, em sua maioria compostas pelo guitarrista Jerry Cantrell, com alguns efeitos pouco usuais em gravações da banda, como o efeito talk box em "Rotten Apple". Destaco as canções "Nutshell" e "No Excuses", além da já citada. O sucesso deste EP deve ter inspirado e impulsionado o Alice In Chains a gravar o "MTV Unplugged", dois anos depois. Vale a pena degustar este EP e se aprofundar nesta faceta mais calma e acústica da banda!

Black Sabbath - "Cross Purposes" - após a confusão da saída de Dio da banda (ele não quis que a banda abrisse para Ozzy) e uma tentativa frustrada de reunião com o madman, o Sabbath resolveu trazer de volta Tony Martin, que já tinha gravado três álbuns na banda. A formação se completou com Bobby Rondinelli na bateria, já que Vinny Appice seguiu Dio em sua carreira solo. O disco é um desbunde, canções fortes, bem cantadas por Martin, os riffs majestosos de Tony Iommi conduzindo perfeitamente, com a presença de Geezer Butler reforçando ainda mais a parede sonora da banda (foi o único álbum em que Tony Martin e Geezer Butler gravaram juntos no Sabbath). Destaque para as excelentes "I Witness", "Cross Of Thorns" e o single "The Hand That Rocks The Cradle". Pena que as pessoas tenham tamanho preconceito com o material produzido pelo Black Sabbath com Tony Martin, foram álbuns de muita qualidade, e este aqui foi um dos melhores!

Green Day - "Dookie" - este foi o álbum que elevou o Green Day ao estrelato, um disco que chegou à segunda posição da parada norte-americana e já vendeu mais de 20 milhões de cópias. O estrondoso sucesso se deve, em primeiro lugar, à qualidade do álbum, contendo um punk melódico muito bem arredondado, canções bem executadas e no tamanho certo, sem exageros ou frescuras. Em segundo lugar, o álbum trouxe inúmeros sucessos que estouraram nas paradas: "Welcome To Paradise", "Basket Case", "She" e "When I Come Around", todas executadas nas rádios FM e com vídeos veiculados na MTV a exaustão. Este álbum, junto com "Smash", do Offspring (ver mais abaixo), foi um dos grandes responsáveis pela onda de revival do punk rock no meio dos anos 90. O Green Day lançaria três álbuns que não conseguiriam repetir este sucesso, até que lançariam um álbum conceitual que voltou a explodir nas paradas - o álbum "American Idiot", de 2004. Este disco, porém, a gente fala em outro post...

Nailbomb - "Point Blank" - o Nailbomb foi um projeto paralelo de Max Cavalera com Alex Newport, do Fudge Tunnel (Alex produziu um disco do Ratos de Porão, "Just Another Crime In Massacreland"). Além da dupla, que compôs as faixas do disco, diversas participações especiais: Igor e Andreas, companheiros de banda naquela época; e Dino Cazares, guitarrista do Fear Factory. O disco flerta com o industrial, mistura elementos de thrash metal e hardcore, tudo em uma salada doida que no final das contas vale muito a pena conferir. Destaque para as canções "Wasting Away", "Vai Toma No Cú" e "Guerillas". O projeto ainda fez uma apresentação ao vivo no finado festival Dynamo Open Air, contando com outras participações especiais, como o baixista Evan Seinfeld (Biohazard), o baterista D.H. Peligro (Dead Kennedys) e o irmão de Max, Igor. Esta apresentação ao vivo foi gravada e lançada em álbum e DVD. Novamente, vale a pena conferir esta loucura musical bolada das cabeças de Max e Alex.

Soundgarden - "Superunknown" - três anos depois do excelente "Badmotorfinger", a banda se apresentava madura e evoluída o suficiente para gravar seu sucessor, um álbum que acabou sendo o grande sucesso da banda, um disco com composições mais maduras, com maiores experimentos e flertes com o pop, um casamento de peso e melodias que se provou excelente e na medida certa. Muitos singles saíram deste álbum, de mais de uma hora de duração: "My Wave", "Fell On Black Days", "Black Hole Sun", "Spoonman", "The Day I Tried To Live". E outras canções podem ser citadas também, como a abertura com "Let Me Drown" e a pesadíssima "Mailman". No final das contas, este foi o único álbum da banda a chegar ao topo da parada norte-americana, e já está próximo de alcançar dez milhões de cópias vendidas. Agora que o Soundgarden voltou, a importância deste álbum foi provada novamente, quando a banda o tocou na íntegra ao vivo por diversas vezes. Pena que não o fizeram aqui no Brasil, quando tocaram no Lollapalooza...

Pantera - "Far Beyond Driven" - um álbum pesado e agressivo como este ter chegado ao topo da parada norte-americana foi uma surpresa e ao mesmo tempo uma grande alegria, dada a tamanha qualidade do disco e do reconhecimento que o Pantera já merecia. Escutar este álbum é como receber um chute nas partes baixas, sem dó nem piedade. Do começo ao fim, um desfile de petardos intensos, Dimebag Darrell cuspindo riffs maravilhosos, pesados e intensos, Phil Anselmo em um de seus trabalhos mais inspirados, a cozinha com Vinnie Paul e Rex Brown costurando tudo e segurando as pontas, um clássico supremo do heavy metal que completa vinte anos neste ano de 2014. Uma pena que os diversos desentendimentos entre os membros da banda tenham levado ao fim do grupo, mais pena ainda a tragédia que acabou vitimando o grande guitarrista Darrell Abott, vulgo Dimebag Darrell. Ele ainda tinha muito talento e com certeza nos presentearia com muitas composições brilhantes. We miss you, Darrell!!

Yes - "Talk" - depois do fracasso da reunião das duas formações da banda no álbum "Union", a formação que gravou o grande sucesso "90125" retornou ao estúdio e se dedicou à gravação deste álbum, um dos primeiros discos gravados de forma totalmente digital, segundo a Wikipedia. Com Trevor Rabin na guitarra e Tony Kaye nos teclados, além dos membros clássicos Jon Anderson, Chris Squire e Alan White, o álbum tem suas qualidades, apesar de não ser um dos principais da longa carreira do Yes, e seria o último álbum a ser gravado por esta formação - o próximo lançamento já seria com a formação clássica. Destaque para a faixa de abertura, "The Calling", "Real Love" e a pegada de guitarra, o single "Walls" e a suíte "Endless Dreams". Atualmente, a banda está para lançar um novo álbum, "Heaven & Earth", o primeiro com o novo vocalista Jon Davison, que substitui Jon Anderson com um timbre de voz parecido com o clássico vocalista da banda. Depois da turnê anterior, onde tocaram três álbuns clássicos na íntegra, eles emendaram mais uma turnê executando mais álbuns clássicos. Que passe novamente pelo Brasil!!

Pink Floyd - "The Division Bell" - depois de muito tumulto e brigas judiciais envolvendo o primeiro lançamento do Pink Floyd sem Roger Waters, este segundo lançamento foi mais tranquilo, encontrando a banda mais inspirada, uma maior participação do tecladista Richard Wright (que inclusive canta uma das canções do disco, "Wearing The Inside Out"), e composições mais encorpadas, além da produção caprichada de Bob Ezrin. O álbum alcançou o topo das paradas britânica e norte-americana e foi o impulso de uma grande turnê da banda, devidamente registrada no álbum ao vivo "Pulse". Destaque para as canções "Poles Apart", "Take It Back" e "High Hopes". Este foi o último registro de estúdio utilizando o nome Pink Floyd. A formação original da banda se reuniu em 2005 e tocou quatro canções ao vivo no Live 8. O tecladista Richard Wright faleceu em 2008, e a dupla Roger Waters e David Gilmour já convive fraternalmente, com Gilmour tendo participado de um show de Waters em Londres. Em notícias mais recentes, David Gilmour anunciou que deve lançar, ainda este ano, um novo álbum da banda, com sobras de estúdio destas gravações, principalmente músicas instrumentais e ambientais. Ainda assim, a notícia foi recebida com entusiasmo pelos fãs da banda, que não tem acesso a algo novo da banda em vinte anos!

The Offspring - "Smash" - como outros álbuns que já comentei neste post, este foi o ponto de virada na carreira do Offspring, até então uma mera banda independente contratada da gravadora Epitaph. O lançamento deste álbum mexeu não só com a carreira da banda, mas também com o Bad Religion: o guitarrista Brett Gurewitz acabou saindo da banda para se concentrar em sua gravadora, que cresceu após tamanho sucesso. O disco combina a energia direta do punk rock com suaves pitadas de ironia e melodias pop, num casamento que tornou este álbum o disco alternativo mais vendido de todos os tempos. Destaque para os singles do álbum, "Gotta Get Away", "Come Out And Play" e "Self Steem", além da explosiva "Bad Habit" e do ska "What Happened To You?". A banda assinou contrato com uma grande gravadora a seguir e manteve sua fórmula de sucesso intacta nos lançamentos seguintes. O grupo mostrou sua força no último Rock In Rio, quando arrastaram quase todo o público a assistir a seu show no Palco Sunset. Um dos melhores shows do festival!

Cannibal Corpse - "The Bleeding" - este quarto álbum do Cannibal Corpse acabou sendo o último com o vocalista Chris Barnes, e acabou sendo também o álbum de maior sucesso da banda - quase cem mil cópias vendidas. O estilo da banda, de velocidade estonteante e bumbos duplos a todo vapor, mudou um pouco, com uma redução proposital de velocidade, mudança intencional feita por Barnes, uma mudança que talvez tenha provocado sua saída - Barnes levaria esta mudança de estilo para sua futura banda, o Six Feet Under. Destaque maior para a faixa-título, e também para a canção de abertura "Staring Through The Ways Of The Dead" e o puta riff de "Stripped, Raped And Strangled". Após a saída de Barnes, a banda traria o vocalista George Fisher (codinome "Corpsegrinder"), ex-Monstrosity. A banda continua firme e forte na ativa, tendo tocado ano passado no Brasil - a apresentação no Rio de Janeiro coincidiu com um dia de fortes manifestações populares e os presentes acabaram sofrendo os efeitos do ataque de bombas de gás lacrimogênio que acontecia nas cercanias do Circo Voador!

Napalm Death - "Fear, Emptiness, Despair" - este quinto álbum dos reis do grindcore inglês é um de meus preferidos, sendo um dos discos de maior musicalidade da banda e com riffs abundantes, quase um disco de thrash. A inclusão da faixa de abertura, "Twist The Knife (Slowly)", na trilha sonora do filme "Mortak Kombat", no ano seguinte, ajudaria a banda a ficar mais conhecida no mainstream. O vídeo lançado para a faixa "Plague Rages" também ajudou na divulgação do álbum e do nome da banda. Outros destaques do álbum são as canções "Remain Nameless" e "Primed Time". Uma boa escolha para quem não conhece o grupo e quer começar com um grande álbum, O Napalm Death continua na ativa gravando álbuns regularmente e fazendo shows intensamente, mesmo após o falecimento do guitarrista Jesse Pintado, em 2006. A banda está com shows marcados para o Brasil, em setembro, abrindo para o Hatebreed. Shows imperdíveis!!

Bruce Dickinson - "Balls To Picasso" - este foi o segundo disco solo de Bruce Dickinson e o primeiro depois que ele saiu do Iron Maiden (o primeiro foi "Tattooed Milionaire", de 1990). Não traz o típico heavy metal que sua banda sempre fez, está mais para um hard rock, mas traz uma performance vocal sempre impressionante. Foi também o primeiro álbum com a produção de Roy Z, que gravaria os próximos álbuns da carreira solo de Bruce. O grande destaque do álbum é a balada mega-conhecida "Tears Of The Dragon", que fez muito sucesso aqui no Brasil. Destaque também para as canções "Cyclops", "Laughing In The Hiding Bush" e "Shoot All The Clowns". Bruce teve uma sacada de gênio ao convocar Adrian Smith para sua banda solo nos trabalhos seguintes, totalmente calcados no heavy metal que a banda de origem sempre praticou, o que acabou provocando seu retorno (e o de Adrian também) ao Iron Maiden. Bruce ainda arrumaria tempo para lançar mais um álbum solo depois de seu retorno ao Maiden, "Tyranny Of Souls". Difícil imaginar tempo sobrando na vida de Bruce, que está sempre em turnê com o Iron Maiden e ainda mantém uma carreira de piloto comercial de avião!

Helmet - "Betty" - depois do excelente álbum "Meantime", toda uma expectativa foi criada na época, em torno deste lançamento. O álbum atingiu a posição mais alta na parada norte-americana para a banda, mas não alcançou o mesmo sucesso de vendas que o disco anterior. O álbum também foi o único com a participação do guitarrista Rob Echeverria, que sairia da banda antes da gravação do disco seguinte, para entrar no Biohazard. Acabou sendo considerado um dos álbuns mais experimentais da banda, onde o guitarrista, vocalista e principal compositor, Page Hamilton, resolveu flertar um pouquinho com o jazz, sua formação inicial. Ainda assim, a sonoridade principal do disco é calcada nos riffs supersônicos de Hamilton, como nas canções "Wilma's Rainbow", "Milquetoast" e "Vaccination". Vale citar também a cover de um standard do jazz, a canção "Beautiful Love". A banda lançaria mais um álbum e entraria em um hiato de sete anos, retornando à atividade em 2004. Uma banda alternativa diferente que merece a devida atenção!

The Rolling Stones - "Voodoo Lounge" - depois de cinco anos sem gravar, os Rolling Stones lançaram este que seria o primeiro álbum sem o baixista original Bill Wyman (Darryl Jones, seu substituto desde então, nunca foi realmente efetivado como um Stone). Este foi o primeiro trabalho que contou com a produção de Don Was, que produziria diversos álbuns posteriores da banda. Foi um trabalho que manteve os Stones na sonoridade mais roqueira, calcada nas origens do blues que sempre alimentaram a banda. Podemos perceber esta sonoridade em canções como "You Got Me Rocking", o grande destaque do álbum. Outros destaques que posso citar: a abertura com "Love Is Strong", a linda balada "Out Of Tears" e "I Go WIld". Depois do lançamento, tivemos a turnê promocional que finalmente trouxe os Stones ao Brasil, no começo de 1995. Depois desta turnê, a banda já retornou mais duas vezes (1998 e 2005) e tudo indica que deva retornar no ano que vem. Aproveitem, este é o último sopro de vida da maior banda de rock and roll de todos os tempos!

Downset - "downset." - o Downset se formou após o fim de uma outra banda, Social Justice. Esta antiga banda fazia um som hardcore e, ao formarem a nova banda, os membros incorporaram influências de rap ao seu som, em especial nos vocais. As letras variam da crítica à violência policial (a faixa de abertura, "Anger!", fala sobre a morte do pai do vocalista pela polícia de Los Angeles), as dificuldades de uma comunidade pobre, violação de direitos humanos, violência sexual e outros temas, sempre em tom de protesto, todo o pacote envolto em canções que passam um clima de revolta, belos riffs de guitarra e trabalho de cozinha de primeira, um disco de estreia muito bom de uma banda que ainda nos presentearia com outros grandes álbuns. Destaque para a já citada faixa de abertura, "Anger!", "Ritual", "Take'em Out" e "Downset". O Downset ainda lançaria mais três álbuns antes de encerrar as atividades. Bem, não totalmente, eles se reuniram no ano passado e tem feito alguns poucos shows pela Europa, em especial nos festivais de verão. São bem-vindos de volta!

NOFX - "Punk In Drublic" - já falei sobre os discos de Offspring e Green Day, que fizeram enorme sucesso e foram responsáveis pelo retorno do punk ao mainstream dos EUA. Este álbum do NOFX pegou carona nesta onda de sucesso e também conseguiu a façanha de alcançar disco de ouro, com meio milhão de cópias vendidas. Uma grande façanha, considerando que a banda sempre foi muito mais rápida, alternativa e ácida que seus companheiros de gravadora, Offspring, ou que o Green Day. Os destaques ficam para as faixas "Linoleum", "Leave It Alone", "Don't Call Me White" e "Perfect Government". A banda entrou em uma forte campanha, no início dos anos 2000, contra o presidente George W. Bush, encabeçando inclusive uma turnê chamada Rock Against Bush. A banda atualmente grava em seu próprio selo (Fat Wreck Records, iniciado pelo vocalista Fat Mike) e se mantém ativa com álbuns e turnês regulares. A banda já fez diversas turnês pelo Brasil; a última foi em 2012, quando passaram por Curitiba e São Paulo.

Machine Head - "Burn My Eyes" - este foi o álbum de estreia desta grandiosa banda que teve suas origens na antiga banda de thrash metal Vio-lence, de onde saiu o guitarrista e vocalista Robb Flynn. Ele formou a banda com o baixista Adam Duce (Adam saiu recentemente da banda), e a dupla recrutou o guitarrista Logan Mader, com o baterista Chris Kontos completando a formação. Gravaram uma demo que chamou a atenção da gravadora Roadrunner, que ofereceu um contrato para a nova banda. Com produção de Colin Richardson (já produziu Carcass, Cannibal Corpse, Slipknot, dentre diversas outras bandas), este primeiro disco do grupo é brutal, direto, pesado, composições fortes, estruturadas com uma base thrash metal inovada e fundida a um groove metal que começava a engatinhar nos EUA, em um movimento musical que acabou ficando conhecido como New Wave Of American Heavy Metal e teve, além do Machine Head, o Pantera como cabeças. Os destaques do álbum ficam para a faixa de abertura, "Davidian", e também "Old", "None But My Own" e "Blood For Blood". Melhor você escutar o álbum de cabo a rabo, bem alto, e constatar a enorme qualidade que este álbum de estreia apresenta. O Machine Head chegou a flertar com o nu metal no final dos anos 90, mas felizmente a banda se reinventou e tem lançado excelentes discos, novamente calcados no thrash metal, o que tem levado eles a serem considerados uma das melhores bandas de heavy metal da atualidade. Assino embaixo!

Oasis - "Definitely Maybe" - disco de estreia da banda dos irmãos Gallagher, foi sucesso imediato na Inglaterra, indo direto para o topo da parada britânica. A estratégia da gravadora, que estava mal das pernas e não tinha tanta grana pra promoção, foi liberar três singles antes do lançamento do disco, aumentando as chances dele fazer uma boa estreia. Não fez uma boa estreia, fez a melhor estreia de todos os tempos: este álbum foi o disco de estreia que vendeu mais rápido em toda a história da parada britânica. O álbum já vendeu mais de oito milhões de cópias mundo afora, segundo a Wikipedia. Foi o disco considerado o divisor de águas no pop/rock britânico, que sofria para revelar talentos com qualidades próximas aos grandes talentos das décadas passadas. Destaque para as canções "Rock 'N' Roll Star", "Live Forever", "Supersonic" e "Bring It On Down". A banda alcançaria seu maior sucesso no álbum seguinte, o multiplatinado "(What's The Story) Morning Glory?". A banda continuou na ativa com sucesso moderado até o ano de 2009, quando uma briga entre os irmãos Liam e Noel pôs fim ao grupo. Liam e os demais integrantes montaram o Beady Eye, enquanto Noel seguiu uma carreira solo. Briga de irmãos, daqui a pouco acaba e eles se juntam novamente!

Bad Religion - "Stranger Than Fiction" - este foi o álbum de estreia do Bad Religion em uma grande gravadora - os anteriores tinham sido lançados pela gravadora Epitaph, do guitarrista da própria banda, Brett Gurewitz. Aliás, Mr. Brett sairia logo depois do lançamento e antes da turnê promocional, graças ao sucesso do álbum "Smash", do Offspring (ver acima). Apesar de estar contratado por um grande selo, a banda não diminuiu seu ataque: desde a faixa de abertura, "Incomplete", passando por "Leave Mine To Me", "What It Is", a regravação do clássico "21st Century (Digital Boy)", trata-se de um disco de grandes qualidades e grande pegada. Até mesmo o principal single do álbum, a cadenciada "Infected", que teve direito a vídeo clipe com participação do ator Eric Estrada (os mais antigos saberão quem ele é, da série de TV "Chips"), tem suas qualidades, como uma melodia pegajosa. Brian Baker, ex-Minor Threat, foi o substituto de Mr. Brett, que depois de alguns anos voltou a compor e tocar ao vivo com a banda (atualmente, ele só toca se o show for perto de sua casa, na California). A banda continua firme, forte e ativa, inclusive fez uma pequena turnê pelo Brasil no começo do ano. Um dos maiores baluartes do punk ainda em atividade!

Body Count - "Born Dead" - este segundo álbum da banda de Ice-T não trouxe todo o impacto do primeiro álbum, nem a controvérsia que aconteceu com a faixa "Cop Killer". Entretanto, é uma clara continuação da sonoridade iniciada no disco anterior, musicalmente variando do heavy metal ao hardcore e incluindo uma cover de "Hey Joe", na versão que Jimi Hendrix tornou famosa. Destaque para as canções "Master Of Revenge", "Drive By", "Street Lobotomy" e a faixa-título. Durante a turnê deste álbum, a banda visitou o Brasil pela primeira vez, em 1995. Este foi o último disco com a formação original: o baixista Mooseman saiu da banda e depois acabou morto em um tiroteio; e o baterista Beatmaster V faleceu de leucemia pouco depois de terminar a gravação do sucessor deste álbum (outro membro original, o guitarrista D-Roc - que sempre tocou com uma máscara - faleceu de linfoma em 2004). Recentemente, Ice-T anunciou que a banda voltaria à ativa, lançando um novo álbum neste ano, chamado "Manslaughter". A banda está em turnê novamente. Torço por uma visita ao Brasil, o show de 1995 foi excelente!

Eric Clapton - "From The Cradle" - depois da tragédia pela morte do filho e o sucesso com o álbum acústico, Eric Clapton resolveu explorar o lado triste e pagar tributo mais uma vez aos ídolos do blues, gravando este disco composto inteiramente por covers. O álbum foi gravado como se fosse ao vivo, praticamente sem overdubs, como pode ser conferido no encarte. Junto a um time de músicos de primeiro quilate como Chris Stainton e Andy Fairweather-Low, Clapton se superou e nos presenteou com um puta disco, muito feeling em versões incríveis, se destacando "Blues Before Sunrise", "Hoochie Coochie Man" e "Motherless Child". Sem cerimônia, o álbum chegou ao topo das paradas norte-americana e britânica. Mais um álbum de extrema qualidade na carreira de um dos maiores e melhores músicos que já viveram - Clapton is really God!!

R.E.M. - "Monster" - depois de dois álbuns maravilhosos calcados em canções de cunho mais acústico, o R.E.M. resolveu pesar a mão novamente e dar espaço às guitarras distorcidas de Peter Buck. Com a costumeira qualidade nas composições e técnica de seus integrantes, o grupo mais uma vez se superou e conseguiu lançar um belo álbum, com destaque para as canções "What's The Frequency, Kenneth?", "Crush With Eyeliner", "Star 69" e "Bang And Blame". O álbum foi ao topo das paradas norte-americana e britânica e conseguiu repetir o feito dos dois discos anteriores, atingindo a marca de quatro milhões de cópias vendidas somente nos EUA. Este pode ser considerado o auge da banda, que não conseguiria mais repetir tamanho sucesso nos lançamentos seguintes, além de perder seu baterista, Bill Berry, alguns anos depois (ele desistiu da vida de rock star, resolveu se aposentar). Em 2011, a banda resolveu encerrar suas atividades, enquanto ainda eram relevantes. Presentearam seus fãs com muitos álbuns e canções de sucesso durante sua carreira!!

Slayer - "Divine Intervention" - o Slayer excursionou bastante promovendo o álbum anterior, o excelente "Seasons In The Abyss", e depois excursionou mais um pouco pra promover o disco duplo ao vivo "Decade Of Aggression", inclusive passando pelo Brasil e tocando no festival Monsters of Rock. No meio de tanta atividade e show, a banda encontrou tempo para substituir seu baterista original, Dave Lombardo, por Paul Bostaph, o homem das baquetas neste álbum. Neste intervalo de quatro anos, o grunge veio e bagunçou bastante a cena metal dos EUA; as demais bandas de thrash metal estavam flertando com sonoridades mais leves (Metallica e Megadeth) ou passando por mudanças de formação (Anthrax). O Slayer ficou completamente alheio a qualquer tipo de mudança de sonoridade: neste álbum, a banda desceu a lenha sem piedade, é um dos discos mais pesados e rápidos da carreira do grupo e conseguiu entrar no Top 10 norte-americano, apesar de não trazer nenhuma canção tão marcante - pelo menos nenhuma que tenha sobrevivido nos set lists dos shows mais recentes do Slayer. Ainda assim, canções com grande qualidade como "Dittohead", "Circle Of Beliefs", "Serenity In Murder" e "213", esta última minha preferida. Aproveite e relembre mais um grande trabalho desta que é uma das maiores bandas de thrash metal da história, da época em que o grande Jeff Hanneman ainda era vivo e compunha ativamente!

Dream Theater - "Awake" - este álbum do Dream Theater pode ser considerado um disco de transição, pois durante sua gravação o tecladista Kevin Moore anunciou sua saída da banda. Moore era um membro com diversas contribuições nas composições e sua saída mexeu com a musicalidade da banda nos lançamentos que se seguiram. Segundo a Wikipedia, por pressão da gravadora, a banda pesou um pouco as músicas e também tentou produzir um sucesso tão forte quanto "Pull Me Under". Os singles do disco foram "Caught In A Web" e "The Silent Man", esta última parte de uma suíte composta de três canções do álbum. Meus destaques ficam para esta suíte, que também continha "Erotomania" (instrumental) e "Voices", e a canção "The Mirror", marcante pelo riff introdutório pesadíssimo. O substituto de Kevin Moore foi Derek Sherinian, que ficou na banda até 1999, quando foi substituído por Jordan Rudess, com a banda até os dias de hoje. Em 2010, o baterista Mike Portnoy pediu um tempo de descanso para a banda, foi rechaçado pelos outros membros e acabou saindo do grupo. Mike Mangini entrou em seu lugar e a banda já lançou dois álbuns com ele nas baquetas.

Testament - "Low" - este foi o primeiro álbum sem Louie Clemente e Alex Skolnick na banda - John Tempesta e James Murphy foram os substitutos. Depois de um álbum com músicas mais acessíveis e até uma balada ("Return To Serenity", do álbum anterior "The Ritual"), o Testament resolveu partir para um disco pesadíssimo, sem concessões, com Chuck Billy começando a experimentar uma linha gutural em seus vocais. Você já sente o clima de peso extremo do álbum com a faixa-título, que abre muito bem o disco. Outros destaques ficam para "Hail Mary", "Dog Faced Gods" e "Ride". A banda mergulharia ainda mais fundo no peso e velocidade no disco seguinte, flertando um pouco com o death metal, entretanto sem conseguir muito sucesso comercial. Depois de muitas mudanças de formação, a banda retornou com a formação clássica e já lançou dois grandes álbuns de estúdio após o retorno de Alex Skolnick e Greg Christian. A notícia mais recente da banda é a saída de Greg, que foi substituído por Steve DiGiorgio, que já tocou com eles no excelente álbum "The Gathering". Um novo álbum de estúdio é esperado para o próximo ano - que venha tão bom quanto os últimos, excelentes!

Korn - "Korn" - este foi o álbum de estreia do Korn, primeiro trabalho do produtor Ross Robinson (que depois produziria "Roots" do Sepultura, e o álbum de estreia do Slipknot) e também é considerado um marco do início do movimento chamado de nu metal, um estilo derivado do heavy metal (e geralmente renegado pelos fãs do estilo) e que recebe pitadas de hip hop, grunge, alternativo, uma salada que acabou fazendo muito sucesso nos anos 90. Neste disco do Korn, a banda se apresentava ainda bem pesada, com influências de thrash metal em alguns momentos, mas já trazia o vocal característico de Jonathan Davis, com muitos gritos e murmúrios pouco identificáveis, mais riffs vindo de guitarras afinadas tons abaixo para aumentar o impacto e o peso das canções. Destaque para a abertura com a dupla de canções "Blind" e "Ball Tongue", além das faixas "Faget" e "Shoots And Ladders". A banda aqui estava apenas no começo de uma carreira de muito sucesso: os lançamentos seguintes do grupo alcançariam o topo da parada norte-americana e venderiam muitos milhões de cópias. Atualmente, a banda não tem conseguido mais repetir o sucesso de outrora, já que o nu metal decaiu muito e perdeu a força que já teve nas décadas passadas.

Corrosion Of Conformity - "Deliverance" - este é mais um álbum deste ano de 1994 que acabou se sagrando o de maior sucesso da banda em questão, neste caso o COC. Aqui, o Corrosion passava por uma mudança: a saída do vocalista Karl Agell (que só participou do disco anterior, "Blind"). Os vocais seriam assumidos pelo guitarrista Pepper Keenan. A banda, que no começo da carreira praticava um hardcore com influências thrash, aqui está completamente sabbathizada: riffs pesados, canções de andamento moderado, no melhor estilo Black Sabbath (alguns chamam de stoner rock). Destaque para as canções "Albatross", "Clean My Wounds", "Broken Man" e a faixa-título. O Corrosion Of Conformity esteve em hiato de 2006 a 2010. Neste período, Pepper Keenan se dedicou ao Down. Em 2010, a banda resolveu voltar, mas Keenan não tem participado das gravações e dos shows, tendo apenas tocado com os ex-colegas de banda em poucas ocasiões (geralmente em festivais onde o COC e o Down estavam escalados juntos). A banda acabou de lançar seu nono disco de estúdio, simplesmente entitulado "IX".

Sick Of It All - "Scratch The Surface" - este álbum foi a primeira aventura dos baluartes do hardcore nova-iorquino em uma gravadora de maior porte. Esta aventura ainda se estenderia por mais um álbum, "Built To Last". Apesar do suporte de um grande selo, o Sick Of It All se manteve íntegro e próximo de suas raízes, tendo gravado um grande álbum, o de maior sucesso da banda até os dias de hoje. O sucesso pode ser atribuído aos dois vídeos gravados para os singles lançados: "Step Down" e a faixa-título. Além destas duas, destaco também as faixas "Free Spirit" e "Return To Reality". A banda retornaria para um selo menor e independente depois do próximo álbum, e continuaria a lançar álbuns de qualidade e dentro do estilo hardcore, mantendo a formação até os dias atuais. Um dos principais grupos do movimento hardcore de New York, ainda ativo e escrevendo sua história!

Nirvana - "MTV Unplugged In New York" - quando o Nirvana gravou esta apresentação acústica, a banda já estava totalmente estourada, numa espécie de Nirvanamania que tomava conta dos EUA. Por mais que Kurt Cobain e cia se esforçavam para fugir do mainstream, o sucesso era cada vez maior. Este álbum acústico acabou mostrando um lado mais calmo, musical e certas influências como a excelente cover para o clássico de David Bowie, "The Man Who Sold The World". Outros destaques que posso citar são as faixas "About A Girl", "Polly" e "Something In The Way", esta última em ritmo de velório, quase que prevendo que o pior estava pra acontecer. Quando o álbum foi lançado, Kurt lamentavelmente já tinha se suicidado, o que aumentou ainda mais o impacto do lançamento, que estreou direto no topo das paradas norte-americana e britânica e já alcançou vendas de cinco milhões de cópias. Recentemente, a banda foi incluída no Rock And Roll Hall Of Fame, já no primeiro ano em se tornou elegível. Outras bandas, mais importantes, ainda aguardam esta honra...

Megadeth - "Youthanasia" - Dave Mustaine continuava a guiar o Megadeth a seguir os passos de sua ex-banda, o Metallica, tentando alcançar o sucesso que seus ex-companheiros já tinham alcançado com o famoso álbum preto. Então, neste disco temos o Megadeth continuando a fazer concessões a sonoridade da banda, incluindo uma balada, "A Tout Le Monde". Não importa, a qualidade deste álbum fala muito mais forte: apesar de não ser um disco de thrash metal, ele é um puta álbum de heavy metal, pesado, extremamente bem tocado e com composições excelentes, que até hoje impressionam e empolgam os fãs da banda. Destaques desde os primeiros acordes, com a grande faixa de abertura "Reckoning Day", o riff inspirado de "Train Of Consequences", a linda balada já citada, e o riff pesado e certeiro de "The Killing Road". Esta formação mais clássica da banda, com Nick Menza na bateria e Marty Friedman na segunda guitarra, ainda gravaria mais um álbum antes de começar a implodir. O Megadeth chegou a ficar um tempo em hiato, graças a um problema nas mãos de Mustaine, mas retornou e tem gravado e excursionado regularmente e constantemente, com diversas passagens pelo Brasil. Que continue assim, sempre temos um grande show!!

Pearl Jam - "Vitalogy" - neste terceiro disco, o Pearl Jam manteve o mesmo produtor, Brendan O'Brien, e compôs a grande maioria das canções durante a turnê do álbum anterior, "Vs.". A banda atravessava problemas: não se dava bem com o baterista Dave Abbruzzese, que acabou saindo antes mesmo do final da gravação do álbum - foi substituído por Jack Irons, o primeiro baterista do Red Hot Chili Peppers; o guitarrista Mike McCready estava com vício em drogas e se internou em uma clínica de reabilitação; e a banda ainda entrou em uma briga contra a Ticketmaster, que prejudicou seriamente seus negócios. Ainda assim, conseguiram compor e gravar um grande álbum, um pouco experimental em alguns momentos, mas com muita força nas canções mais rock como "Spin The Black Circle" e "Satan's Bed" e com belas baladas como "Better Man" e "Immortality". Repetiu o feito do disco anterior e entrou no topo da parada norte-americana, já tendo sido certificado cinco vezes com disco de platina (cinco milhões de cópias vendidas). É um dos álbuns mais queridos dos fãs da banda. Atualmente, a banda continua em alta e na ativa: no final do ano passado, lançou seu último disco, "Lightning Bolt", que também estreou no topo da parada norte-americana; e estão em turnê promovendo o álbum. Longa vida ao Pearl Jam!!

É isso aí, chegamos ao final de mais um post que varreu os principais lançamentos de um ano do passado. Neste post, cobrimos os discos lançados há vinte anos. Ano que vem eu volto com novos posts para os anos de 75, 85 e 95 - até lá!!

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