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terça-feira, 16 de março de 2010

Dream Theater - Heavy Metal Progressivo de Primeira

Chegamos à letra D. Tanta coisa importante na letra d... Deep Purple, Dead Kennedys, Death, Dire Straits. Mas esta semana teremos show (finalmente um show decente no Rio!!) de uma importante banda formada no começo dos anos 90, então vamos aproveitar este post para falar sobre os meus discos deles. Estamos falando do Dream Theater, banda americana de heavy metal progressivo que vem crescendo em popularidade (que bom!) recentemente, mas eu já os conheço há algum tempo.

Apesar de ter lançado seu primeiro disco no final dos anos 80 (1989 - "When Dream And Day Unite"), eu só fui conhecê-los em 1995, quando o amigo Walber começou a falar sobre uma banda que tinha um baterista tão bom quanto Neil Peart. Entre outros boatos, este foi decisivo para eu correr atrás de seus discos. Comecei pelo "A Change Of Seasons", e já pelas covers escohidas, percebi que se tratava pelo menos de uma banda muito bem influenciada (Zeppelin, Purple, Queen, Kansas, Floyd, etc). Mas o destaque do disco era uma faixa de 23 minutos. A faixa-título tem tantas mudanças de tempo, tantas nuances, que cativa quem a escuta. Foi a deixa para me instigar a conhecer mais a fundo o trabalho da banda.

Aproveitei uma feira de venda de CDs no Riocentro (alguém lembra disso? aconteceu dois anos seguidos e depois nunca mais...) para adquirir os dois clássicos "Images And Words" e "Awake". Inicialmente preferi o segundo, mais pesado e direto. Mas, com o tempo, o primeiro se tornou um grande clássico da minha coleção, com peso, melodia, grande qualidade musical e composições excelentes.

Muita gente não gosta do "Falling Into Infinity", mas ele tem músicas excelentes, incluindo as baladas. A minha preferida é a Metallica-like "Peruvian Skies" (tanto que ao vivo eles encaixam riffs do Metallica - "Enter Sandman" e "Wherever I May Roam"). "Anna Lee" também é uma das minhas preferidas, e acabei gostando mais desta música pelo CD de natal de 1998. Aliás, este cd tem versões cover muito interessantes, destaque para "Bad", do U2, e "Goodbye Yellow Brick Road", do Elton John.

A esta altura, eu tinha perdido um show do Dream Theater no Imperator, no final de 97. Não pude perder o show do Monsters of Rock de 98, que contou com um elenco de bandas impressionante (Slayer, Megadeth, Saxon, Savatage, Glenn Hughes, Korzus, Dorsal Atlântica). O show deles foi parecido com o disco ao vivo "Once In A Livetime", só que bem mais reduzido. Foi um belo show, mas ficou um gostinho de quero mais... Vendo o show também ficou claro que o tecladista não estava no mesmo tom que o resto da banda. Batata: ele saiu e foi substituído por Jordan Rudess, que já tocava com os caras, mas em um projeto paralelo de música instrumental excelente chamado Liquid Tension Experiment. O cara encaixou redondo na banda e está até hoje. E entrou para gravar o melhor disco do Dream Theater...

"Scenes From A Memory" foi concebido inicialmente para ser uma continuação de "Metropolis" (faixa do disco "Images And Words"), mas acabou sendo muito mais. Um álbum conceitual excelente, que você escuta com prazer do início ao fim e acabou gerando uma grande turnê, disco ao vivo e o primeiro dvd da banda. Uma pena que esta turnê não passou aqui no Brasil, pois eles tocaram o disco todo na turnê. Só fomos ter este privilégio (na verdade, só os paulistas tiveram este privilégio...)  no final de 2005. Enfim, este disco transformou o Dream Theater, dentro de minha humilde opinião, em uma grandiosa banda.

Os discos seguintes foram confirmando a grandiosidade, em especial o "Train Of Thought". Neste disco, a banda flerta com um som bem mais pesado, claramente influenciado por Metallica - a primeira faixa, "As I Am", é um exemplo claro disso - mas mantendo a qualidade sonora e diversas características que sempre definiram o som deles. Este é outro disco que gosto muito do Dream Theater. O DVD "Live At Budokan" foi gravado nesta turnê e retrata um excelente show. Vendo estes shows e discos lançados, a expectativa por um show deles foi só aumentando...

A banda ainda lança mais um disco, "Octavarium" (ao ser lançado, fiquei um pouco desapontado, mas depois, ouvindo com mais calma, acabei gostando mais deste disco; claramente, é inferior ao excelente disco anterior. "Panic Attack" é o meu destaque para este disco), antes de anunciar uma turnê sulamericana. Felizmente, nesta turnê a banda nos presenteou com um grandioso show, de mais de 3 horas de duração, abrangendo sucessos e novas canções, solos, tudo que tínhamos direito. E casa cheia, afinal a banda não dava as caras desde 1998.

Mais um disco, mais uma turnê: "Systematic Chaos" é mais pesado que seu antecessor, mas continua com longas suítes, grandiosos solos, as características marcantes da banda. Deste disco eu gosto especialmente da faixa "The Dark Eternal Night", pesada e sombria, além da mais conhecida "Constant Motion". Felizmente, a América do Sul e o Brasil estão no itinerário e eles tocam mais uma vez aqui, fazendo um show não tão longo, mas igualmente eficiente e competente.

O novo disco, "Black Clouds & Silver Linings", continua a sequência de flertes com sons mais pesados, temos Portnoy fazendo vocais mais "guturais" em contraste aos vocais de LaBrie; temos suítes longas, beirando os 20 minutos; e temos alguns covers interessantes que foram incluídos em uma versão completa do disco; destaque para "Stargazer", do Rainbow, e "To Tame A Land", do Iron Maiden. Turnê conrfirmada novamente para o Brasil, Rio de Janeiro felizmente incluído. Sábado, 20 de março de 2010, mais um capítulo da história do Dream Theater será escrito, e nós cariocas, roqueiros, incansáveis sofredores raríssimos, teremos o prazer de participar. Todos ao Citibank Hall, o Dream Theater merece !!

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